Fonte: G1
José Mojica Marins, o mestre do terror à brasileira, estava irritado na tarde de terça-feira (1), quando aceitou o convite do G1 para assistir ao filme “Lua nova” – fenômeno pop visto por mais de 3 milhões de brasileiros, que tem vampiros e lobisomens como tema.
“Passei a manhã ouvindo música de igreja por causa de uma vizinha. Coloquei um rock do demônio bem alto e ela abaixou o volume. Sou a favor de cada um curtir sua religião, mas tudo tem limite...”, desabafou.
Mojica também não estava lá muito satisfeito em reencontrar o vampiro Edward, cuja performance do neogalã Robert Pattinson já não havia lhe agradado em “Crepúsculo”, o primeiro filme inspirado na saga da escritora americana Stephenie Meyer.
“Ai, o vampiro maquiado de novo... Não entendo o que as mulheres veem de tão fatal nele! O cara não tem força expressiva, não movimenta os músculos do rosto. Nunca convenceria como vampiro em uma fita de terror”.
Aliás, o criador do Zé do Caixão – astro de “fitas” como “À meia-noite levarei sua alma” (1963) e “Encarnação do demônio” (2008) – detesta vampiros. E o Frankenstein. E múmias.
“Isso é coisa de americano, deixem esse tipo de terror para eles! Brasileiro devia gostar da Loira do Banheiro, do Homem da Capa Preta, do Boitatá...”, enumerou o cineasta, que, ironia do destino, tem uma vampira na família: a atriz Liz Marins, que encarna a personagem Liz Vamp.
“Quando minha filha inventou essa história, desaconselhei. Disse que ela devia interpretar uma feiticeira meio macumbeira ou uma Iemanjá”, relembrou Mojica. “Mas ela bateu o pé, diz que a Liz Vamp é diferente, é uma vampira brasileira...”.
“Caramba o cara deu pau mesmo no filme. E você caro leitor, comenta aew!!!”
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